Com a entrada em vigor da LGPD, websites e aplicativos devem coletar apenas a informação necessária para a navegação, e você mais do que ninguém deve se atentar para que essa obrigação seja respeitada e seus direitos protegidos.
Separamos neste artigo um conteúdo breve que apresenta e explica como funcionam os cookies de navegadores, e sua relação com nossos dados pessoais e como podem afetar a nossa privacidade.
Cookies
Na informática, cookies são pequenos arquivos de texto enviados por um website para o computador ou dispositivo eletrônico de seu visitante, que permitem rastrear os movimentos online do usuário, identificando comportamentos e preferências, criando um perfil do indivíduo que poderá ser usado para os mais variados fins.
Uma vez coletados, cookies podem ser acessados e usados pelo administrador do site para descobrir seu idioma, o momento de acesso a uma página ou quais notícias e produtos chamaram mais sua atenção através dos cliques que você realizou.
Dados Pessoais
Ao cruzar as informações coletadas com outros metadados como o número de protocolo de internet (IP) da conexão, dados sobre o dispositivo eletrônico que você utiliza ou sua conta virtual, cookies podem até mesmo identificar quem você é. Por isso, eles são considerados dados pessoais.
A depender do contexto, cookies poderão ser considerados inclusive dados pessoais sensíveis, ou seja, aqueles que permitem revelar características bem delicadas de nossas vidas.
Por exemplo, se você navega em um site de conteúdo político ou religioso, compra medicamentos online ou participa de comunidades LGBT na internet, esses dados coletados irão revelar aspectos mais íntimos da sua personalidade e por isso necessitarão de maior proteção.
Aplicativos ou apps também possuem rastreadores digitais que possuem a mesma funcionalidade e por isso são genericamente chamados de cookies.
Uma vez coletados, esses dados são tratados pela entidade responsável pelo site ou app utilizado. Nesse momento, podemos ter alguma ideia da finalidade deste tratamento: é de se esperar que os dados fornecidos para uma passagem aérea sejam utilizados para que os funcionários do aeroporto confirmem quem você é no momento do voo. O mesmo acontece quando você tem que fornecer seu CPF e outros registros para conseguir aprovar uma pensão junto ao INSS.
Privacidade
Contudo, nossos dados podem (e normalmente são) compartilhados com terceiros. Aqui, o uso dos dados começa a ficar mais opaco.
Sem saber com quem nossos dados foram compartilhados e para quais finalidades, não podemos nos manifestar se concordamos ou não com esses usos secundários, ou que ao menos saibamos se eles são legítimos de acordo com a lei.
Além disso, muitas vezes não sabemos por quanto tempo nossos dados são armazenados ou qual o procedimento para sua eliminação. Ainda pior é quando não somos informados sobre as medidas de segurança que são tomadas pelas entidades que tratam nossos dados para evitar a exposição de nossos dados pessoais a pessoas não autorizadas.
🟡 Ao ingressar em um site, antes de clicar no botão “Eu aceito”, verifique se não é possível recusar cookies que não são necessários para o funcionamento da página.
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